Uma para dois dá em duas para um...

Que confusão!!! Mas é muito fácil explicar. Com mais um fim de semana à porta, estava agendada UMA pesca para os DOIS elementos do Dias de Faina mas com a instabilidade meteorológica a bater à porta rapidamente se transformou em DUAS pescas que dão UM relato!

Com o cancelamento da pesca nocturna agendada para a noite de 6ª para Sábado, começamos a ver que este fim de semana teríamos de nos virar sozinhos, eu só podia no domingo, o Hugo só podia no sábado...assim, ficam os respectivos reports:

Hugo Baião

Tal como foi dito, este fim-de-semana lá fui eu sozinho para mais uma faina. Após uma noite de alguma chuva (motivo de cancelamento à ultima hora da pesca nocturna), o São Pedro lá deu tréguas de manhã e lá arranquei rumo a um destino peto de casa e bem conhecido por mim. A escolha foi tão "boa" que viria a tornar-se para além de minha, a escolha de mais de 2 dezenas de pescadores...... :(, parecia a rumaria ao santuário de Fátima. Mesmo assim toca de mandar uma pedradas lá para dentro. O vento fortíssimo que se fazia dificultava a acção de pesca mas de repente..."olha a tua olha tua!!!" dizia o colega de ocasião. Depressa jogo as mão à vara e sinto que um bom peixe não resistiu a um bela iscada de borracheira, com muito cuidadinho para me embrulhar com os colegas e voilá, tinha-me livrado do chibo, um bela duma baila já cá morava. nova iscada nova pedrada e vá banhos de sol (deitado o vento passa por cima) hehehe. Passado algum tempo vejo um tremor na ponteira, e penso cá pros meus botões: "É peixe? naaa é vento...não é peixe....será o vento? Que se lixe...faço uma ferragem e afinal era um vento que se lhe deu, zzzz...zzzz.... era trabalhar de uma amarelinha. com todo o cuidado e jeitinho lá a faço encostar e zimpa cá para cima. Para quem se dedicou mais a apanhar sol do que a pescar tava mais que bom e já com a cabeça em agua de tanto vento lá decidi dar por terminada a pesca e rumar a casa a tempo de preparar o peixe para um belo almocinho. Fica a foto da amarelinha que saiu directamente do mar para o forno sem passar pela casa de partida...

Filipe Cintra

Uma vez que iria sozinho escolhi um pesqueiro que muitas alegrias nos tem dado no passado, mas que com o adiantar do calendário costuma por vezes ser traiçoeiro, mesmo assim lá fui. A ideia era ir bem cedo e vir bem cedo, por dois motivos, primeiro a maré batia por voltas das 7.00am depois com o adiantar do calendário começa a não ser muito do meu agrado estar de cana em punho várias horas à torreira do sol. Chegado ao local mesmo à hora que eu gosto, faço uma pausa, e enquanto meto qualquer coisa no bucho, vou verificando o estado do mar para escolher assim o sítio exacto dos primeiros lances. A água apresentava-se demasiadamente lusa para a vaga que de vez em quando trazia, situação que dizia que em breve as condições iriam mudar. Já no local saem os primeiros lances e nada, mas vinha sempre tudo comido. Comecei logo a desconfiar...novos lançamentos e nem um peixe. Faço cerca de 30 lançamentos e a única coisa a relatar foi um belo burro que não quis vir, após ferrá-lo tive uns 2 minutos no jogo dos "Ora agora puxo eu, ora agora puxo eu" mas que terminou num sargo velho com um belo dum piercing n.1 na beiçola. Após 30 minutos de pesca faço nova pausa, o peixe estava lá pois o anzol vinha sempre limpinho, tinha de arranjar uma maneira de os enganar. Mudo isto, troco aquilo, meto isto....lanço e....aí está ele!!! Sai o primeiro sargo. Depois foi ir aproveitando o intervalo das vagas para fazer uns lançamentos e ir malhando neles. Por volta das 10.00/10.30 dava a pesca por encerrada, a caixa de ralos tinha acabado, a gamba tava a acabar e tal como eu previa o mar cresceu e era cada vez mais difícil de pescar. Fica o resultado de um nascer de dia especial.