sábado, 12 de novembro de 2011

Isto não anda nada fácil...

Allo pessoal, o Dias de Faina tem andado muito parado pelo simples facto que não tem havido Fainas para relatar. Devido a vários imprevistos de ordem pessoal, não tem havido tempo para molhar os anzóis, e assim, torna-se difícil actualizar este nosso espaço.
No entanto lá consegui arranjar uma bocado de uma manhã de forma a ver se ainda sabia apanhar uns peixes. Como o Hugo não podia ir, decidi ir sozinho testar uns pesqueiros que por esta altura do ano começam a ter uns peixes. Chego ao romper do dia, carregado com o material do costume, um belo baldinho de engodo e uma enorme esperança de sentir uns peixes a vergar a cana.
Após uma breve olhadela para o mar, a desilusão começa a tomar conta de mim, as águas são bem mexidas mas de uma cor que mais parece uma olaria...Mesmo assim nada me demovia, até porque à muito que não molhava os anzóis e tão cedo não os iria molhar de novo.
Escolho um cantinho onde não costuma dar muito peixe, mas quando aparecem é quase tudo XL. As iscadas com Ralos e Sardinha vão e vêm, colher após colher...NADA. Com cada vez mais certezas que não iria sentir o prazer de trabalhar uns peixes, penso para mim: "Desistir nunca foi palavra to teu dicionário, por isso trabalha...". Passados uns 10 minutos sinto o peão a fundar, sem qualquer esperança de ser peixe, faço uma ferragem ligeira e sinto qualquer coisa..."alguma moeda de 50 paus perdida", penso para mim, e era mesmo. Um sargote de palmo acudiu à minha iscada mas não tem medida da a minha frigideira. Mais outro lançamento e outro...Será que tá a entrar alguma coisa ao engodo??? Decido então avançar no pesqueiro, pois o engodo trabalha numa área não muito compacta. Após o 3º ou 4º lançamento no novo spot ferro um sargote que já vai dar uma passeio até à minha grelha. Era um sargo a rondar as 300gr e que, após ver a cor das águas, nunca pensei apanhar. Entretanto começo a fazer a pesca do saltitão, ou seja, um lance aqui outro lance ali, mas tudo em locais onde o engodo trabalha. É então que começo a engatar uns peixes mais de seguida, peixes entre as 300-400gr. A dada altura penso: " Não foi por vocês que me levantei tão cedo, mas para as condições que estão, parecem sargos de kilo...". Já com uns 6 ou 7 peixes do calibre anteriormente referido e com outros tantos devolvidos ao meio, começo a pensar em dar meia volta e seguir caminho de casa. No entanto sobravam-me 5 ralos e decido tentar um local que costuma ser papa anzóis... lanço e com o trabalhar que o mar tinha já só estava à espera do momento de perder o estralho, fechar a cana e zarpar. A bóia deixa de se ver, "é chegada a hora de ir embora", puxo e ...........Não te vás embora...Não te vás embora....1minuto depois penso para mim: "Afinal não desistir compensou". Tinha saciado o meu apetite por um peixito como deve ser. Mais dois lances e tava na hora. Fazendo as contas levo uns bons peixes para grelhar e um que me dára um enorme prazer de fazer no formo para mim, mulher e miudo. Aqui fica a foto do  peixe que tanto esperei nesta manhã de águas ultra-mega-barrentas (Acho que pela foto se vê bem).


PS - Que bom estava....

4 comentários:

  1. Nunca desistir é a palavra de ordem, quando menos se espera...

    Parabéns também pela atitude de devolver os mais pequenos.

    Boas pescarias

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  2. Pois é com o mar barrento por vezes também aparecem bons exemplares, mas na maior parte das vezes não nos safamos.

    Saudações piscatorias

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  3. Boas pessoal

    Isto tem andado ainda menos fácil, daí só agora agradecer os vossos comments.

    Obrigadão e voltem sempre!

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