Mais uma moeda mais um voltinha no carrossel maravilha! Domingo, dia 7, lá me encontro com o Hugo para irmos desanuviar o stress. A zona estava escolhida, restava saber o que o mar nos deixava fazer. Após o tal café, dirigimo-nos a um local que tem vários pesqueiros. Ainda de noite, tentamos fazer uma análise do que seria cada local passados 2-3 horas. A zona é baixa, o mar era algum, então convinha perder alguns minutos para um escolha correcta de forma à que mais tarde não tivéssemos de mudar de local ou até mesmo meter a roupa a secar. 10 minutos depois voltamos ao carro para ir buscar toda a tralha. Tava escolhido o sítio era hora de fazer um baldinho de engodo!
Passados uns 30 minutos de termos chegado tavamos com os anzois de molho, mas para meu espanto, pois conheço bem a zona, nem um toque, pensava: "Será que a água tá barrenta?" mas lá continuámos. Já com meio balde de engodo gasto eis dois ou três toques envergonhados, mas peixe em terra nada! Começamos a duvidar da escolha e entretanto lá saí o primeiro peixito. "Se está cada este tem de estar mais" dizia eu ao Hugo para tentar animar o ambiente. O que é certo é que derretemos o balde todo (também é pequeno, diga-se) e apenas saiu um peixe. A claridade começa a aparecer, as dúvidas continuam: Mantemo-nos aqui ou será melhor irmos tentar noutro sítio? De forma a fazer esquecer tais ideias era melhor ir moer o resto da sardinha. Bendita a hora! Enquanto o Hugo travava dessa tarefa, eu lá continuava de cana em punho, até que ….zasss, lá vai o peão como quem foge à policia. Outro Sargote. Bóia dentro de água e nem 30 segundos…outro. "Hugo despacha-te que o peixe tá a encostar!" Enquanto o hugo acaba, saí um robalo. Tava na hora. Era quase por e tirar. Depois seguiram-se os pais, os avôs… que belas lutas, que belos momentos. É isto que nos faz levantar cedo, apanhar frio, estar ali horas e horas…O som do carreto a cantar, a incerteza da captura, todos os milésimos de segundo são vividos ao máximo. Quando o peixe chega a seco, pensamos: "Que belo peixe!" Aqui fica a foto com algumas das capturas. (Os dois maiores, juntos, batiam no nº3 da balança)
Depois de 30 a 40 minutos (no máximo 1 hora) o mar cresce, a bóia já não consegue trabalhar naquele ponto e provavelmente o engodo também não. Saem mais dois ou três peixes mas de bitola mais reduzida. No fim já a iscar com sardinha ainda saem duas tainhas que dão pelo menos para sentir tensão na linha. Mas a pesca foi feita naquele pequeno periodo. O Mar é que manda e assim, tava na hora de lavar as coisas, meter tudo de volta no carro e voltar para casa, pois as nossas familias prezam a nossa presença à hora de almoço!

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