domingo, 12 de novembro de 2006

Uma manhã para descontrair

Sábado, dia 4 de Novembro, acordo mais cedo que o previsto, O Pedro (meu filho) tá cheio de fome e tenho de me levantar para lhe fazer um leite que o acalme. Após tomar o seu 1º alimento do dia, o Pedro volta a dormir, e eu já não volto à cama. Apesar de ainda ser noite cerrada e o tempo não convidar nada, a fainas, começo a preparar o material para sair. Penso para mim: "Vou mas é até Quarteira, sempre fico ao pé do carro, não vá o Diabo tecê-las e mandar por aí abaixo uma carga d’água daquelas…." e assim fiz. São 6:15 da manhã e aí vou eu em busca de uma manhã para descontrair.
Chego ao local ainda de noite e parece que o tempo quer ajudar. O vento não é nenhum e chuva por enquanto ainda não caiu…
Levo só o material da bóia para andar mais leve e o indispensável oleado para dias como os de hoje. Tudo preparado, toca a meter os ralos na água. Os primeiros raios de sol custam a rasgar o céu, pois as nuvens são tantas que mal se nota que já está a amanhecer. O peixe pouco colabora. Vou metendo conversa com o pessoal do fundo, mas esses até ao momento só viram os seus cigarros a queimar, peixe nada!!!
Penso para mim, se não estão a dar ao fundo, então vou me aproximar mais da praia. Venho mais pra terra e lá começam a sair uns peixitos, pequenos, mas chegam para desalojar o stress acumulado durante a semana. O vento começa a ganhar velocidade e entretanto já caiu um rasgo de água.
Acabo a primeira caixa de ralos, há que mudar de estratégia e de local, os corricadores da praia nem cheiraram os robalos e eu, pelos vistos, também não os vou cheirar. Mudo de sitio mas a história é a mesma, o peixe não cresce e o isco vai desaparecendo. De repente uma captura deixa-me intrigado. Um Sargo com o nariz inchado, porque será isto???
Este Sargo tinha no interior da sua boca uma espécie de "planta" em que a raiz acentava ai mesmo, no céu da boca do peixe provocando o "hematoma" verificado na foto. Após remover a dita "planta" pareceu-m que esta possuia um "flor" como se fosse a de um Perceve. Fiquei estupefacto, o mar tem destas coisas, sempre a surpreender-nos.
As linhas do estralho são cada vez mais finas e a dada altura até parece que tou a adivinhar: "Se entra um peixe bom não vai ser com este 0.17mm que o vou tirar" era o meu pensamento. Nem mais nem menos, afinal sempre senti o cheiro a robalo, embora que muito, muito ao de leve. O menino não queria vir, ou melhor, veio só dar sinal de vida, apenas se deixava ver entre as pedras, as mesmas que acabariam por me cortar o fio.
Lá dei comigo a pensar de novo: "Se meto estralhos mais grossos nem lhe chegam ao pé, se meto mais finos não aguentam……………….hhhhuuuuuuuuuuuuuuuuummmmmmmmmmmmmmm!!!!!! Ficas para outro dia." Uma vezes é do peixe, outras do pescador.
Tiro mais 2 ou 3 peixes e os ralos acabam, são 11:00, ainda tenho camarão mas a finalidade desta pesca está atingida. O vento já "agarra" na cana e no fio e parece que já não falta muito para vir nova carga d’água. Arrumo o material e vou andando. Volto em ritmo de passeio, vagueando pelas praias e observando os areais repletos de gaivotas.
O Stress da semana já aqui não mora e estou pronto a disfrutar de outros prazeres, os da família……

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