Os dias correm lentos ao sabor da azafama diária e a ansiedade por chegar uma nova faina aumenta. Sensações agora vividas por mais um amigo meu de longa data, o MENDONÇA! Já lhe tinha metido o vicio da pesca embarcada, e agora por motivos da responsabilidae exclusiva de Neptuno, chegou a vez da pesca à bóia.
Chegamos assim a 4ª feira (31-10-2007), véspera de feriado, o tempo tem sido excelente por terras Algarvias, então há que aproveitar as noites de pouco vento.
Tudo combinado e marcamos arrancada por voltas das 22h. Hoje vou fazer o inverso do que gosto, ou seja, final da vazante e principio da enchente. Não tenho grandes esperanças, mas na pesca nunca se sabe, de uma coisa tenho a certeza, "anzol em casa não apanha peixe".
Chegados ao local preparo tudo, pois hoje o material tem de ser a dobrar. Conversa prá qui, conversa práli e tá na hora de meter os ralos na água. Primeiros lançamentos e começa bem (para mim), 2 sargos e uma bela choupa. Esta ultima foi alvo de análise atenta, pois era um peixe que não apresentava um grande comprimento mas uma enorme largura. Por esse facto teimei comigo mesmo que iria pesá-la individualmente em casa, facto que não costuma acontecer. Assim o fiz e para meu espanto (ou não!) acusou bem perto das 900gr, um peso enorme para aquele tamanho.
O meu amigo Mendonça ainda andava a levar baile: "Epá este gajos tão mesmo a gozar comigo, isto de picar é uma coisa, agora conseguir ferrá-los…". É mesmo assim, pois quem pensa que pescar à bóia é só ver esta afundar, tá muito enganado (muito mesmo). Com umas dicas e alguma paciência é chegado o momento: " Tava a ver que não, já me estava a ver a levar baile a noite inteira!" Pois é!! O 1º já está agora é começar a aprefeiçoar! Com isto o vicio começa a apoderar-se do meu amigo Mendonça. Sargo após sargo o ambiente é do melhor, com excepção da nortada se nos regela as mãos. Fazemos uma pausa para aconchegar o estomâgo e aquecer um pouco as mãos. Pelo tom da conversa apercebo-me que o vicio já está do pés à cabeça.
Já com umas sandes no bucho, voltamos à carga. Até às 4:00 foi sempre a dar-lhe, altura que os nossos amigos deixaram de comer. Pena não ter aparecido outra espécie (robalo), aí sim, teria a certeza que após o descanso merecido, acordaria com um telefonema do Mendonça: "Tou Filipe, tudo fixe desde à pouco??? Olha lá a loja tá aberta hoje??? Vens comigo lá ver as canas???"
Aqui fica o resultado de uma noite muito bem passada (excepção feita ao frio)
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